sorry folks: u forgot tha say 'please'
voltaremos quando vos for mais inconveniente

riso chique


"Chique!" in Mundo Fantasma

Eventualmente deixaremos cair o banner do punx en digital: we-r-here e caminha para ser uma cena. Sinais dos tempos, em vários sítios notamos uma maior sensibilidade ao tema, ontem mesmo na crimethinc comprometeram-se a educar os teens sobre tecnologia, e até em lugares respeitáveis encontramos aquelas recomendações básicas de "cuidados a ter" em situações de confronto. Obrigado, Trumpas: same ol' mas agora em acelerado.

Mas no tópico das tendências, na frente do artsy-farsty também se rendem à inevitabilidade de novas tecnologias. Exemplo: risografia. Há uma menção regular a esta técnica de impressão que atribuímos à sua crescente popularidade, uma que deixará de merecer qualquer referência quando finalmente se tornar num outro default de publicação: primeiro estranha-se, depois entranha-se. Por cá, parece-nos que a Mundo Fantasma é quem mais aparece associada a edições recentes de BD -

a Mundo Fantasma se tem caracterizado nos últimos anos pela edição de irrepreensíveis zines em risografia
in bandasdesenhadas 29 out 2016

-mas não é uma tendência isolada ou fetiche local(izado). Para arquivo, do TCJ da semana passada e onde intenções se cruzam às nossas pretensões, quando há 3 anos falávamos de fanzines e dizíamos:

One push of a button and five seconds later a zine comes out all warm, paged and folded? Artsy can go fuck itself.
in Real Nós, fanzine ethics jan 2014

- afinal, não estávamos sozinhos. Segue-se um resumo de uma primeira instalação de uma série por Frank Santoro onde se propõe a documentar "the loose use of risograph in comics in the last few years, 2009 to the present", começando com uma entrevista a Mickey Zacchilli:

Risograph. What is it? Where did it come from? Most of us comics makers never really even heard of risograph until 2009 or so. Recently, I was noting to a friend how (...) prevalent the use of risograph has become. (...) This technology has upended small press publishing in a positive way and allowed a middle ground between cheap digital on-demand printing and expensive offset printing.
in "Risograph Workbook 1" 13 fev 2017

Comparando favoravelmente "risograph printed comics" vs "print on demand or even most offset printed comics" pela qualidade alcançada, não podíamos estar menos interessados na conversa não fosse pelo seu efeito colateral ao qual somos muito mais sensíveis: emancipação. Enabled by tecnologia:

I think that riso printing really has opened up a lot of options for people in a lot of ways! Especially in terms of self publishing! I really prefer being able to do something myself if I can, when I can.

Por tantas razões.
Algumas que nos são próximas. $$$:

I think it’s important to keep the overhead low, because I think that books and zines are really important to offer to people at a price that is reasonable, that they can afford.
in "Risograph Workbook 1" 13 fev 2017

Punk:

I like the riso because it is a fast, easy way to add a little bit of literal color to a zine that might otherwise just be black and white. I like to do the most amount of work using the least amount of time and effort.
in "Risograph Workbook 1" 13 fev 2017
I don’t really like the “art chic” end of riso-printing

Fuck arsty-fartsy:

Before the risograph, I used to just photocopy zines and screenprint the covers, and I liked that people really liked the screenprinted covers. The risograph is basically a faster, easier screenprinting tool. It’s less special than actual screenprinting but still kind of extra fun. I don’t really use it for any reason besides that reason (fast + easy + extra fun). I don’t really consider it a “special” or “fancy” method of printing. Some people do, and I guess I can get that (...) but I don’t feel that way and I don’t want to feel that way about the stuff I print.
in "Risograph Workbook 1" 13 fev 2017

E, aquilo do digital, em duas frentes: 1) o processo em si combina analógico e digital, uma mistura bem-vinda porque abrindo essas portas 2) coisas acontecem em digital e os nossos artistas começam a aventurar-se além do fetiche do papel.

I’ve been doing some online comics (I used to be a dedicated print-only person, since I went to school for printmaking, but since lately I’ve been thinking a lot about accessibility and affordability, online comics make a lot of sense). I’m no Michael DeForge but I try my best.

E we'll do our worst.

Amanhã: "new color printing presses" e mais do mesmo quando tudo começou.

little slumber