sorry folks: u forgot tha say 'please'
voltaremos quando vos for mais inconveniente

controlar a narrativa mediática

"Kellyanne Conway, conselheira de Trump e amiga de Rebekah Mercer"

Duas notícias publicadas no mesmo dia em jornais de referência que no entrelinhas merecem a atenção a propósito de banda desenhada, mesmo se enterradas nas peças sem qualquer cerimónia e como só nOS POSITIVOS estamos treinados a reconhecer - além de, obviamente, a imbecilidade central de que reportam: putistas nazis. Combinadas, reforçam o sayin' "two wrongs don't make a right", ao qual o nosso acrescento permite já citar a velha máxima dos Suicidal Tendencies, "...but they make me feel a whole lot better".


I


No Público hoje, em reblogging do Washington Post, "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017, comics e o Bannon via dita família de milionários que injectam $$$ para "controlar a narrativa mediática":

Os Mercer exerceram a sua pressão sobre o sistema político ajudando a erigir um ecossistema de media alternativo [criando] a sua própria rede de influência [com] uma convicção: controlar a narrativa mediática na defesa do movimento populista e anti-establishment.
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

Pessoas muito convictas, a poucas linhas de distância o reforço das intenções:

Encontrar novas formas de moldar o próprio enquadramento em que as questões políticas são debatidas, [na] convicção de que é preciso mudar a maneira como se fala de política para que os seus ideais possam prevalecer.
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

E o seu mentor político? Bannon.

Através dessas colaborações, os Mercer e Bannon, até há poucos dias principal estratega da Casa Branca, construíram silenciosamente uma base de poder com o intuito de semear a desconfiança no governo federal e esbater o domínio dos principais órgãos de informação.
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

E, tese alert, cruza politics, $$$ e tech:

Ao estilo Silicon Valley

A estratégia global da família é testar várias tácticas para perceber qual a mais eficaz, de acordo com fontes próximas das doações dos Mercer: "vamos fazer crescer mil entidades diferentes e logo vemos o que funciona".
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

Além dos clássicos de sempre - centros "de estudo" e grupos de pressão- as suas frentes de fricção contam com websites noticiosos que antecederam o Breitbart News, o dito, uma produtora de cinema com diversos filmes e documentários produzidos, e até uma participação na Cambridge Analytica, empresa de análise de dados "que aconselha governos de todo o mundo sobre como efectuar acções psicologicamente eficazes." Voltaremos às acções psicológicas noutra ocasião. Continuando do Vale do Silicone e $$$:Robert Mercer possui um passado na tecnologia tendo sido um "ilustre programador informático" na IBM - a mesma que fez negócios com os nazis - da qual migrou para as finanças quando troca por um fundo de investimento "cujas fórmulas quantitativas guardadas a sete chaves têm gerado lucros astronómicos".

"São nerds de direita"

[Robert Mercer] acredita no mercado livre e no poder positivo da tecnologia.
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

E fechando, das suas mil entidades a fazer crescer: os comics.

Os Mercer têm intenção de continuar a apoiar projectos cinematográficos, [yadda yadda yadda], bem como novelas gráficas — uma, baseada em "Clinton Cash", foi um bestseller do New York Times.
in "Como Stephen Bannon e a milionária família Mercer construíram a base de poder populista" 27 ago 2017

Shit-u-not. Bestseller como em "the #1 New York Times bestselling graphic novel". E não despachem a ideia como um comix-redneck-hillybilly-shity-shit: baseado no documentário com estreia em Cannes, nos créditos dos seus autores encontramos muitas competências aprovadas pela indústria, Marvel, DC, Cartoon Network, IWD, Eisner Awards, etc - clica na imagem para aumentar:

Quality comics: até o Bannon passa por pessoa normal.


II


But surelly we're just spitballin', right? Wrong: enter (literal) nazis. Também de hoje, outra homepage (*) de outro jornal: "George Lincoln Rockwell, father of American Nazis, still in vogue for some" 27 ago 2017

* E a referência à "homepage" não foi inocente : )

Despercebida na peça sobre a personagem - o fundador do partido nazi Americano poucos anos findada essa guerra...- aquele detalhe que apenas nOS POSITIVOS iriamos destacar:


Detalhe do gaijo à direita a ler o jornal igualmente genial. Original no The Guardian

George Lincoln Rockwell, the media-savvy, pipe-smoking founder of the American Nazi Party attended Brown University, where he drew comics for the campus newspaper
in "George Lincoln Rockwell, father of American Nazis, still in vogue for some" 27 ago 2017

Senhores...? O nazi de serviço nas Américas desenhava comics quando era teen - e na continuidade da história anterior já são duas refs no mesmo dia à bd no darkside.


III


E melhora! Seguindo a deixa da peça...:

Rockwell was shot dead. One of his former followers, John Patler, was convicted of his murder.
in "George Lincoln Rockwell, father of American Nazis, still in vogue for some" 27 ago 2017

... não foi preciso investigar muito desse outro senhor para mais uma revelação:

Patler had been a captain in the American Nazi Party and the editor and cartoonist for the party's magazine, Stormtrooper.
in Wikipedia

De repente onde quer que se olhe descobrimos que a BD está em todo o lado... Comics gone wrong goin' right. Duplo pun intented.
E, aquilo dos media à mistura não vos passou despercebido, pois não?

still working' out the kinks on the new software...

mo' voices