![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiCJ6OeR2B0fetlC1B2jKA7bhde1FnxaL9O7RI8HRouJOfGKuGntDkfKAZsw9RZocpxNclCdWibb5dQn9pmAcGPiMNbSfCRu6b6r7q_4Hnl4SXRBToJugQG4AJxpVfQFGCoe7BaPGu0k4/s800/procastina.png)
Recentemente fomos recordados que chegámos (o real “nós”) à idade adulta há uns bons pares de anos, mas entre tantas depressões existencialistas nunca tiramos o tempo para interiorizar a circunstância. Mantivemo-nos irresponsáveis de espírito e fizemos finca-pé na imaturidade crónica com que resistimos a “crescer”. Nós (ainda as realezas) sempre estivemos desfasados dos ritmos dos demais: éramos velhos quando todos andavam a chuchar o dedo e a correr atrás da bolinha, e agora que todos se dão a ares de seriedade e reflexão mantemo-nos intransigentes na possibilidade de um mundo sem graus de cinza, apanágio pejorativo que obviamente acusa a inocência tremenda das nossas intenções.
Não mudámos, mas mudaram à nossa volta: ainda temos o porte para derrubar uns tantos, mas sabemos que também vamos cair. Não fazemos as pazes com o mundo mas não temos mais a força de fugir à bófia. E sobretudo, desesperamos a momma lion porque ainda a vemos como a conhecemos há duas décadas atrás.
Não mudámos, mas o tempo passa por nós. Saberemos quando o nosso tempo passou?